A fileira do pinhão sofreu na última década importantes evoluções resultantes do aumento exponencial da área ocupada por esta espécie e do salto tecnológico que representam a técnica da enxertia e a apanha mecânica da pinha.
No entanto os efeitos futuros desta nova realidade são ainda difusos uma vez que não se sabe qual o seu efeito na produção global, na regularização do fenómeno da safra e contra safra ou no valor acrescentado captado para o sector, que continua muito focado na exportação da matéria-prima.
É fundamental perceber face à evolução recente do sector quais as perspetivas de médio longo prazo na viabilidade potencial desta atividade e dos pinhais portugueses.
O pinheiro manso constitui, atualmente, uma das espécies florestais mais interessantes assumindo um papel preponderante na economia das explorações agroflorestais de algumas regiões da Península Ibérica, em particular no Alentejo.
O conhecimento da cadeia de valor que compõe a fileira da pinha/pinhão contribui em larga medida para a melhoria da competitividade da própria fileira na região do Alentejo, abrangendo todas as vertentes de exploração de um recurso florestal – económica, social e ambiental.
Com um mercado vocacionado principalmente para a exportação, a Fileira da Pinha/Pinhão pode assegurar um contributo efetivo para o reforço do valor económico dos espaços agroflorestais mediterrânicos e para a redução do risco de abandono e de desertificação territorial.
Não obstante todas as mais-valias que já possui, assim como muitas potencialidades por desenvolver, esta cultura encontra ainda vários constrangimentos ao desenvolvimento total do seu potencial.
Foi para dar resposta a estas necessidades que a UNAC - União da Floresta Mediterrânica executou o Projeto “Programa de Valorização da Fileira da Pinha/Pinhão” uma iniciativa QREN, apoiada no âmbito do INALENTEJO.
Neste âmbito a Agri-Ciência elaborou este estudo.



